segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Nostalgia

Sou uma pessoa nostálgica. Gosto de relembrar, reviver nem sempre, as coisas boas do passado. Ou, aquilo que atualmente eu idealizo como bom.
Tudo aquilo que me fez mal, não gosto de lembrar;muito menos de reviver. Sempre tive essa facilidade ao desapego com tudo que me faz mal. Acho que é por isso que já ouvi algumas vezes na vida que pareço fria. Podem dizer, eu sei que não sou. Já quis ser, mas não sou. Eu simplesmente quero o meu bem. Acho que é nesse ponto que eu me diferencio das pessoas, principalmente das garotas da minha idade. Me desapego, na maioria das vezes sem medo, de pessoas e sentimentos que me fazem mal. Contudo, confesso que livrar-se de pessoas é muito mais fácil do que livrar-se de sentimentos. E, na minha concepção, isso não é frieza. É amor-próprio. E, se tem algo que eu aprendi em casa e com a vidaa, é que amando e aceitando primeiramente à si mesmo, você acaba amando e conquistando VERDADEIRAMENTE as pessoas.
Não tenho sempre pessoas ao meu redor, a conseqüência (na verdade, acho isso um triunfo :x) do amor-próprio é gostar de ser solitário algumas vezes. Afinal, gosto muito da minha companhia, gosto de mim mesma. E, sem com que eu perceba, as poucas pessoas que estão ao meu redor também gostam de mim, da minha companhia (apesar de tudo). Isso é o bom de se conhecer de verdade: você acaba conhecendo verdadeiramente as pessoas que te cercam. E não deixa de gostá-las por isso.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Penny sempre fora avessa aos sentimentos. Desapegar-se sempre fora fácil, gostar sempre fora difícil. Nunca havia sofrido e achava que toda essa história de amor era coisa iventada pela tediosa sociedade. Não achava ninguém especial, nem ela mesma.
Mas, como ironia do destino (ou não), apareceu ele! Ele, que por razão nenhuma podia fazer com que sentimentos despertassem naquele coração tão frio. Afinal, eles não gostavam dos mesmos filmes, não freqüentavam os mesmos lugares e, muito menos, admiravam as mesmas coisas.
Por diversão, o romance entre os dois iniciou-se. E então, Penny viu, assim como nos filmes e nos contos de fadas, fogos de artifício ao beijá-lo. O seu sorriso era constante ao lado dele ou, simplesmente, quando pensava nele. A saudade era a mais intensa, mesmo que apenas por alguns instantes ficassem longe.
E hoje, anos depois, Penny termina um outro namoro. E chora. Não pelo fim, mas pela ausência de sentimentos. A cruel realidade é que os sentimentos que ela tanto lamentava por não sentir, ainda eram DELE. O seu sorrir só era sincero quando lembrava dos momentos e sua saudade só era intensa quando ouvia alguma música parecida com a história dos dois.
Entre todas essas lágrimas ela pôde entender, enfim, que o amor é isso...aquilo que não se destrói apesar do tempo e por mais que a razão insista.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Mila

Mila podia ser, talvez, apenas mais uma garota de gostos estranhos, sentimentos confusos e momentos indecifráveis. Mas não era!
Em seus olhos havia um mistério perpétuo, cujo brilho encantava e amedontrava ao mesmo tempo.
João sentia uma vontade ardente de tê-la em seus braços, porém, em certos momentos, a queria o mais distante possível.
Ela até podia ter os olhos verdes mais lindos do mundo, o sorriso mais belo e a voz mais adocicada; mas ainda assim, havia algo de agressivo naquelas mãos e perigoso naqueles lábios.
João sempre quis entender o por quê daquele silêncio, o motivo de seu afastamento e de sua eterna tentativa de manter as pessoas sempre à sua distância. Às vezes pensava em decepções, tristezas, como razões. Mas no fundo, sabia que não era isso.
Ela o olhava com medo e raiva, meiguice e amargura. E João não entendia nada.
Confessa, que em muitas ocasiões preferia não saber. Queria apenas desfrutá-la. Melhor ainda se fosse sem preocupações, arrependimentos...
Depois do extâse do momento, vinha a verdade. Ele não queria apenas seu corpo, seus lábios...queria mais! Queria o brilho dos olhos daquela menina, queria ser a razão de seus sorrisos, queria o toque de suas mãos e o risco de perder-se em seus lábios. Porém, não o podia. Ela se escondia, fugia; e ele nunca conseguia alcançá-la.
Talvez por isso o motivo de a querer tão distante!


ps: Contos não são o meu forte. Mas esse surgiu em uma noite de tédio, naturalmente .. Às vezes acho que as palavras apenas me usam como instrumento para uní-las. E elas chegam assim, de repente.. como uma boa surpresa!

domingo, 24 de junho de 2007

"Minhas desequilibradas palavras são o luxo do meu silêncio"

Eu até poderia comentar sobre Renan Calheiros e a sua eterna cara-de-pau ou sobre Hugo Chávez e sua ditadura praticamente implantada, mas, resolvi deixar um pouco de lado o "perfil jornalístico" desse blog.
Esses dias me falaram que eu sou uma garota "na minha" e minha melhor amiga diz "seus olhos são transparentes".
Quem não me conhece, por completo, imagina que me fecho no meu mundo e que faço da minha vida, um segredo. Enganam-se.
Meus sorrisos são sinceros. Aquilo meio torto, carregado com uma pequena ou grande tristeza, não é sorriso, é apenas um movimento para enganá-los.
Meus olhos não são mistérios. Reparem, eles têm um brilho próprio e uma lágrima escondida nos cantos; e há motivos para isso.
Meu modo de mexer o cabelo, talvez seja pra te hipnotizar ou pra te afastar; isso você vê conforme o olhar.
A minha solidão está estampada na cabeça baixa ao andar.
No meu olhar ao horizonte estão os meus sonhos.
Minhas mãos são sempre quentes, talvez venha daí a vontade de dar carinho.
Meus choros repentinos e minha eterna gulodice mostram minha ansiedade.
Minha mão no queixo juntamente com o silêncio são os pensamentos problemáticos.
Minha mania de roer unha é o medo não sei do quê.
Meus braços juntos são a falta de abraços.

Todas as minhas loucas palavras são a minha necessidade, o meu vício.

ps: eis aqui o porquê do encaixe perfeito da frase de Clarice Lispector,título desse post, ao meu blog!

segunda-feira, 30 de abril de 2007

"Você é aquilo que você faz e não aquilo que você diz"

Será?
Mentimos tanto nas palavras quanto nos atos. Um falso abraço amigo pode muito bem ser dado quanto um falso "eu te amo" pode muito bem ser pronunciado. E isso não exige dificuldade e nem é preciso uma sabedoria extrema. Muitas vezes, sem com que você perceba, você dá aquele sorriso falso para o porteiro.
As pessoas, acredito eu, são formadas por pensamentos. É impossível mentir para si mesmo, é impossível negar seus desejos e anseios à você próprio. Contudo, nossos pensamentos, idéias e ideais estão em constantes evoluções, ou em simplesmente, constantes mudanças.
Nenhum ser pode ser definido. Cada um está propício à um novo acontecimento. O mundo não pára, e conseqüentemente, nós também não.
É preciso ter compaixão, aceitar as diferenças e mudanças do próximo, enxergar as tuas e levar a vida adiante.

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quarta-feira, 21 de março de 2007

Amor e respeito

Neste tão vasto mundo, já reinventaram a televisão, o telefone, a geladeira .. mas será que é preciso também reinventar o amor, o respeito?

Uma relação afetiva, seja ela romance ou amizade, para ser verdadeira e duradoura, constitui-se de amor e, principalmente, de respeito. Na realidade, amor e respeito estão lado a lado; se não estão juntos, não são verdadeiros.
Não escolhemos a quem amar, mas quando o sentimento nos parece recíproco, passamos a depositar boa parte de nossa felicidade à tais pessoas.
Amizade é lealdade. É irmandade.
Amigos, são a família que a vida permite-nos escolher. E esperamos deles confiança, apoio e, (reforço!) principalmente respeito.

Se não há respeito, por favor, não vulgarizem o verbo amar.

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Felicidade é um estado de espírito. Definitivamente.
Com o decorrer do tempo e vivência de experiências, aprendi que somos nós que trilhamos os nossos próprios caminhos para a felicidade - que aliás, não é tão perfeita como todos idealizam. Felicidade, acima de tudo, é estar bem consigo mesmo.
Como todos sabem (e os que não sabem, saberão), a vida nos traz muitas decepções. E elas doem, doem muuito! Mas, como já disse Carlos Drummond de Andrade, "a dor é inevitável, o sofrimento opcional". Precisamos, necessitamos sim de momentos para extravasar nossa dor. Precisamos e devemos deixar que as lágrimas caiam, que abraços amigos confortem, e que o silêncio permaneça por alguns momentos...Contudo, devemos optar pela felicidade, e não pelo sofrimento. Ao contrário do que muitos pensam, a dor não nos enfraquece. Ela nos torna mais fortes, mais corajosos e principalmente mais sábios. Entretanto, isso ocorre se não deixarmos que a tristeza nos abata.
Devemos deixar que a felicidade nos levante, nos motive e que, principalmente, nos faça sorrir novamente!

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

A assustadora e crescente indiferença humana

O ser humano anda cada vez mais insensível. Sua indiferença se perpetua a cada dia.
A facilidade com que matam, machucam e destroem é realmente assustadora. Crimes como o do pequeno João Hélio não apenas assustam, doem. Doem no peito, doem na alma. É desprezível ter conhecimento de que pra alguns, uma vida, principalmente de uma criança, não tem valor algum. E, ao contrário do que a lei estipula, idade, experiência ou qualquer outro quesito relacionado não interferem na formação da moral de alguém. É da própria índole, do próprio perfil que vem todo essa nojenta crueldade. Não diga que o mundo os transformou nesses monstros, pois somos nós mesmos que escolhemos aceitar ou não o ódio, o rancor e o egocentrismo.
Estamos nos tornando muito mais melancólicos e desesperançosos...Os sonhos estão cada vez mais distantes e a realidade cada vez mais clara.

sábado, 27 de janeiro de 2007

"O poeta e pensador romano Horácio (65 a.C.-8 a.C.) disse coisa parecida: "Todas as minhas esperanças estão em mim". Conte com você. Não ponha nos outros sua felicidade. Isso é fundamental para a vida feliz." (Reportagem Felicidade - como os filósofos podem nos ajudar a viver melhor. Revista Época)
Após ler este artigo, meu pensamento de que colocar nossa felicidade nas mãos do próximo é pura ilusão, reforçou ainda mais. Com o tempo, aprendi que não devemos cultivar esperanças nas promessas alheias..Aliás, não acredite nunca em promessas. Apenas nas suas, e somente naquelas que você promete à si mesmo, aquelas cujas são dotadas de muita sinceridade.
O ser humano ainda é muito egoísta. Só cumpre as promessas que lhe trarão benefícios próprios. Indico aos que se decepcionam com promessas que pensem "Se nem eu cumpro as minhas promessas.. imagina os outros", ou se no caso você cumprir suas promessas, pense "Não devo esperar que os outros ajam comigo da mesma forma que eu ajo com eles".
Não baseie sua maior felicidade nas promessas do próximo. Não espere nada de ninguém! Pense em algo que, se você não pode fazer sem a ajuda de alguém hoje, poderá fazer futuramente.
A vida não é como dizem por aí. Os nossos amigos, a nossa família nem sempre estão do nosso lado. Por isso, não pense que todos os laços são eternos. Saiba que só você vai ser eterno à você mesmo!

:: Pois é, mudei de blog! ;) O motivo principal é a breve inexistência do FPE (fakeplasticearth).
Quanto ao título do blog, deve-se à um documentário de Érico Veríssimo que vi recentemente. Soube, através desse documentário, que Érico Veríssimo (de quem sou grande admiradora), usava o termo "toca da liberdade" para definir a sala onde escrevia. E, da mesma forma como ele se libertava com as palavras, também me liberto com elas.