segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Tudo na vida tem seu propósito.

Já tentei não acreditar nisso, mas Deus e o destino (ou essa minha mania de querer filosofar tudo o que me acontece) se encarregaram de me provar que essa é uma das maiores verdades da vida. Pelo menos da minha.
As escolhas surgem em nossos caminhos a todo momento. E muitas vezes a escolha errada aparenta ser a certa. Perceber o erro, muitas vezes, é um dos momentos mais difíceis da vida.
Hoje posso dizer, com alma e o coração tranquilos, que estou aprendendo a admitir meus erros e a tentar repará-los. Mas, eles não me trazem arrependimento.
Cresci com cada pessoa que passou na minha vida, com cada momento vivido e, principalmente, com cada erro cometido.
E após tantos erros (e acertos também, né?! rs), estou conseguindo ser eu mesma. Estou voltando a ser eu mesma. Não vou dizer que sem medo, mas posso dizer que com muita coragem.
Eu não sei transmitir em palavras o quanto é gratificante e o quanto me faz feliz ver a imensidão do amor dos meus pais por mim. Me amam, me aceitam, com todos os meus defeitos. E eu descobri que eles querem meu melhor sim, mas não exigem nada de mim, como sempre imaginei.
O quão gratificante e bom é ter pessoas ao meu lado simplesmente porque nossas companhias nos fazem bem.
A vida já me pregou muitas peças, já fez doer muito aqui dentro. Mas eu descobri que grande culpa foi minha. Queria ser algo para as pessoas além do que eu era e tentava acreditar que era tudo aquilo que idealizava. Não era, nunca fui. Sou cheia de defeitos e milhares de imperfeições. Não sei controlar sentimentos, nunca soube. Por mais que exteriormente não demonstrasse, eles sempre fervilharam aqui dentro.
Hoje há verdade em tudo em mim. Nos meus olhos, nas minhas ações, nas minha palavras. Estou sendo o que eu quero e eu quero o que eu sou.
Não há felicidade maior.
E, que tudo na minha vida continue tendo esse propósito: a verdadeira paz interior e o prazer de viver cada dia.

Obrigada, Deus!

sábado, 25 de julho de 2009

Eu descobri que eu sei lidar, conviver, dizer tudo o que quero dizer para quem me trata mal, me faz mal.
Mas não sei lidar com quem me trata bem. Sempre fica algo a dizer, algo a fazer. É um medo de ser quem eu sou. De não gostarem de mim de todos os modos estranhos que eu tenho. E, por essa sensação, que eu não sei bem se é medo, fui criando uma parte de mim que vem comigo há tempos, mas que não é minha, nunca foi. Eu a impus na minha vida, mas nunca perguntei se minha vida a queria.
Nunca perguntei se as pessoas que me querem por perto a queriam.
E ela chega, destrói às vezes minha sensibilidade, minha vontade de amar.
E quando o meu eu aparece, escancarado, por não conseguir mais se esconder, ele assusta, é agressivo.
Queria saber domá-lo. Queria saber me domar.

"Dissimulação é a pós graduação da punhalada nas costas.
A maldade ou sacanagem ou fraqueza escancarada é fácil de afastar. Mas o que fazer com as pessoas que te dão colo e carinho e poesia?" (Tati Bernardi)

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Falta amor, transborda amor.

Onde está o amor? Em sua própria ausência?
Ela não sabia com quais palavras descrever o que sentia. Os olhos não sabiam pra onde guiarem-se...
Faltava muito, transbordava em excesso.
O impressionante, mas sem clareza se belo ou não, foi o surgimento do amor pela falta dele.
Não entendo. Você não entende.
Alguém disse que amor é digno de entendimento?

O avesso de amor é o que? A falta dele próprio?
Amor é amor até às avessas.

Amar muito dói. Amar pouco dói.
Amar traz uma tranquilidade! E tanta insegurança.
Amor, quem saiba, seja essa sua agonia.
Essas suas lágrimas contidas e o sorriso no rosto só podem ser amor... Um amor que, sem pedir licença, surge. É incrível que como isso tudo é um sentimento só, sozinho. Amor de verdade não pede companhia. Ele gosta de ser inteiro, completo, e não metade...

Histórias tristes, e (infelizmente) verídicas, inspiram. E nada como um amor (ou a falta dele) em uma família pra fazer desassossegar tanto a mente, e o coração.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Sou estrangeira aonde vivo. Sempre fui. Uma parte de mim sempre se manteve distante. Ela se mantém ainda mais agora, quando pedaços de mim ficam pelo caminho.
Não sou capaz de esquecer nada que toque meu coração. Consigo viver sem, viver sorrindo. Mas volta e meia lágrimas escorrem...e como dóem!
Dóem aqui por dentro. Dóem de saudade, de vontade de ter perto, de viver de novo. Dóem quando tento encontrar em cada momento a repetição da magia.
É uma tentativa diária de sorrir, de se alegrar, de se sentir plena, de conseguir gostar por muito tempo das pessoas. Mas se sempre existiu uma parte de mim distante, imagine agora que grande parte da minha bagagem fica pra trás...
Passam a ser então, frustrações quase diárias.
Tento de verdade sentir menos, entender menos. Porém, há algo que sempre me puxa pra verdade.
Verdade, um mal necessário, que seria muito melhor se fosse descartável.

"O vento nem sempre é um bom amigo, o quarto nem sempre é um bom abrigo. Por fim esse momento não passa de um mal estar, de um querer estar em casa já estando, em um querer chegar em algum lugar da onde já se está partindo."
(Cáh Morandi)

segunda-feira, 9 de março de 2009

Amam-me

Eles me amam mesmo que eu não dê nada em troca ou não retribue esse amor. Eles me amam feia, desarrumada, gorda, estressada, frágil. Eles me amam quando pareço ser indiferente para todo o mundo. Eles me amam quando eu sorrio, quando choro... Eles me amam por ser quem eu sou, por eu querer ser alguém que não sou. Eles me amam nos erros, nos acertos. Eles me amam quando traço meu caminho, mesmo que discordem. Eles me amam ainda mais quando estou perdida, sozinha. Eles me amam quando peço colo, até quando recuso carinho. Amam-me quando sou criança, adolescente, quando quero ser mulher...
Eles me amam olhando nos olhos, amam-me com o aperto doído da saudade, amam-me com o abraço quente, amam-me gritando, amam-me em silêncio. Amam meu andar, entendem minha ausência. Sentem a dor de cada lágrima que escorre no meu rosto, se desesperam por não poderem controlá-las.
Querem-me feliz, me dão centenas de oportunidades para isso e, o melhor, deixam-me escolher. Um amor libertário, um amor que nunca me deixa, que me possui mesmo em liberdade.
Eles me amam, simplesmente. Com toda a intensidade da palavra!

Aos meus pais, que fazem falta. Aos meus pais, que me ensinam o mais puro e sublime amor.
Eu os amo, imensuravelmente.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

"Na vida, quem perde o telhado em troca recebe as estrelas."
Frase do grande Tom Zé, na qual, há muito tempo, acredito piamente. O telhado não nos é essencial. Ele protege, sim. Mas é substituível. Tudo que é susbstituível pode ser descartado, obviamente. As estrelas, além de protegerem, nos iluminam, nos guiam, trazem um brilho único e uma magia sublime.
Em certos momentos que o mundo pode parecer ter desabado, que o seu chão pode parecerter se rompido, em que o seu telhado pode ter sido desmoronado...não desanime!Há magníficas estrelas escondidas. Elas aparecerão. Pode até ser que demorem. Contudo, essa demora só irá existir pra que quando o encontro aconteça, ele seja mais intenso, emocionante e envolvente. O segredo é fazer com que o seu céu não desapareça!
Seja como o céu,que espera todas as noites por estrelas.Seja uma estrela pra alguém.Brilhe, envolva, proteja...que, convictamente, este alguém brilhará com e principalmente, por você. Afinal, Deus nos dá em dobro tudo aquilo que damos ao próximo.

P.S.: Perdi meu telhado, mas recebi as mais incríveis e brilhantes estrelas.Deixei meu céu aberto. Eu as esperava, sem saber. E finalmente elas chegaram!

:: Escrevi este texto e o anterior há mais de um ano. Prova de que o tempo não nos faz perder nossa essência.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Carta para alguém não tão longe

Eu soube ser feliz com você. E você soube ser feliz comigo. Disso não tenho dúvidas. Podem me dizer o contrário, você pode me dizer o contrário. Mas sei que não é verdade. Não era só curtição, planos um pouco fúteis (nem todos), álcool, segredos perigosos... sempre foi mais que isso! Queríamos estar uma ao lado da outra, não sabemos porquê, mas queríamos. E estávamos. Sempre! Independente dos outros que nos cercavam. Afinal, no fim, enxergávamos só a nós mesmas. Mas o tempo passou, e chegou aquele momento em que as mudanças são inevitáveis e o escolher, com responsabilidade, fica cada vez mais próximo.Escolhemos caminhos opostos. Completamente opostos. Às vezes, o destino, dá um jeitinho deles se encontrarem... mas são encontros rápidos, fugidios. Mas, ao ouvir você dizer os meus gostos e o que eu sei de cor, me fez ver que ainda conhece muito de mim. E eu sei, que eu também conheço muito de você.

Saiba que sempre vai ter um pedaço de ti, do que vivemos, comigo. E, guarde sempre um pedaço meu contigo.Mesmo que na maior parte do tempo você esqueça que esse pedaço existe, se algum dia precisar, ele sempre estará no mesmo lugar.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Te conhecendo pela segunda vez

Quando se ama alguém com quem se está há muito tempo é como se estivesse conhecendo-a pela segunda vez.
É saber das qualidades, dos defeitos, das particularidades... e mesmo assim ainda se surpreender com novos defeitos, novas virtudes, novas particularidades.
Para continuar gostando é preciso querer isso. Continuar gostando é não deixar o tédio abater, não deixar os problemas, os defeitos e as dificuldades se sobressaírem; é se adaptar! Nunca alguém que amamos vai nos despertar o encanto de sempre. Em algum momento vai ser preciso a tolerância, o pensamento de que a pessoa vale a pena para que vcoê continue nutrindo o gostar.
Encantar-se por alguém não tem hora, não tem dia, nem escolha. Fazer com que o encanto permaneça é apenas uma questão de escolha.

"Amar não é uma compensação. Amar não dá poder, é o despoder. Ensina a generosidade, a vontade de se diminuir para que o amor aumente. Amar é ceder o gosto, a vida, o futuro. É oferecer a metade da gaveta, da cama, da luz, do banho, da mesa, da folha. É oferecer o que ainda nem se chegou a conhecer." (Fabrício Carpinejar)