terça-feira, 9 de janeiro de 2018

A força do pensamento positivo

                    Em 2015, quando iniciava de fato a minha vida profissional, deparei-me com o desemprego, a falta de oportunidades para alguém recém-formada e qualificada.
                    Percebi que me revoltar não adiantaria em nada. Então, recorri a todas as forças possíveis. Sempre acreditei em Deus, mas desde 2015 meu relacionamento com ele só se fortaleceu.
                              Reli naquele ano o livro O Segredo, comecei a fazer listas, repetir constantemente em minhas orações, nos meus textos, aquilo que desejava profundamente. 
                       A lei da atração funcionou. A palavra demonstrou seu poder. O Universo compreendeu o que eu queria. E, acima de tudo, Deus mostrou que sempre esteve e estará ali pra mim. Mas, antes, disso, mostrou pra mim que eu preciso reconhecer o que quero e o que preciso.
                               O mais interesse de quando fazemos listas, seja de pedidos ou metas, é que no decorrer dos dias em que as repetimos para nós mesmos e mandamos mensagens para o Universo, também percebemos como algumas não são de fatos necessárias, e acabamos descartando as que são assim. 
                                   No fim, fica o que realmente queremos e precisamos. Se realiza aquilo que é melhor pra nós. 
                                    E nos mostra que a nossa felicidade depende do quanto ouvimos nossos corações e do quanto acreditamos nos nossos anseios.


Carina Gabriele Buss 


Nossas cicatrizes

                Às vezes, no domingo a noite, o coração aperta. Como se fosse uma velha cicatriz que nos dias chuvosos nos traz um leve desconforto, só para nos lembrar que ela está ali. Que o passado existiu e que tudo o que você é hoje, deve um pouco a ele.
       Ao passado que já atormentou e hoje só ensina. Ao passado que em tantas vezes parecia ser impossível de superar e hoje mostra como aquilo era só um degrau, diante de um grande e intensa jornada.
       Jornada essa que não se tornou mais fácil com o tempo, mas que fortaleceu nossos joelhos e, principalmente, nossos corações.
       Às vezes a cicatriz lateja ou uma pequena pedra machuca para nos mostrar que de vez em quando se faz necessário desfazer-se da armadura. Mostrar-se frágil e permitir qualquer sentimento e toda sua confusão. 
       É sinal de vida. De que o coração pulsa.
       A partir do momento em que nada disso existir é sinal de escuridão, das letrinhas subindo no final do filme. 
       Sei que meu filme ainda não acabou. Talvez minha vida seja até uma série, com diversas temporadas e com muita surpresa pela frente. 
       Que elas venham! As cicatrizes do passado estão aqui para me fazer lembrar do quanto sou capaz.

Carina Gabriele Buss



O perdão

                     Ao assistir, por meio do Netflix, o belo filme "Paz, Amor e muito mais", refleti muito sobre o perdão. 
                     No final do filme, há uma metáfora que quando não conseguimos perdoar, é como se segurássemos um balão, que é feito pra subir aos céus, com um saco de areia em sua ponta. Metáfora simples e incrível.
                     É necessário perdoar, para que tudo siga seu curso natural, para que nos libertemos e a vida flua.
                     Precisamos deixar os problemas, as mágoas e a raiva voarem como um balão, tirar o saco de areia que o segura. Nos libertar do peso que a tristeza pode nos trazer.
                     A vida é uma só e é muito melhor vivê-la deixando de lado tudo aquilo que nos atrasa, nos prende e nos machuca.
                     No filme, mostra como o amor é capaz de transformar, e que não há receita certa para ele, muito menos lugar. Ele existe em todos lugares, de diversas formas.
                     Existe, inclusive, na insegurança, no inconveniente e no inesperado. E que uma forma de fazê-lo surgir é proferir uma palavra gentil ao invés de criticar. Ceder, ao invés de insistir, mesmo sabendo que a sua opinião é a certa, buscando tão somente evitar a briga, buscando a paz.
                     Existem muitas guerras acontecendo. Muitas delas em grandes proporções e que aos nossos olhos parecem ser impossíveis de controlar.
                     Talvez sejam. Mas, talvez, pequenos gestos podem, ao menos, evitá-las.
                      Um sorriso pode mudar o seu dia e o de outra pessoa.
                      Um abraço pode ser abrigo, quando alguém se sente perdido.
                      O perdão, então, pode transformar, renascer tanta vida e tanta história.

Carina Gabriele Buss 

A força da fragilidade

                Fiz da minha fragilidade, minha força.
                Quando a exponho, é porque há segurança aqui dentro. Segurança em assumir os riscos, em lidar com meus medos e possíveis frustrações.
                Minha fragilidade é a certeza de que sou humana e aqui pulsa um coração. 
                Um coração que se alegra com a felicidade do outro, com a possibilidade de ajudar. Que se entristece diante da ingratidão e das injustiças da vida.
                Mas, que também acredita em sentimentos e na sua capacidade de transformar. Que vê beleza até nos obstáculos.
                A fragilidade tornou-se minha maior aliada, para que minha força não viesse a endurecer meu coração. 
                Ainda bem!







Carina Gabriele Buss
              

Coragem de ser

         Ao analisar as reflexões, em redes sociais, de muitas amigos e colegas, pude notar que, em suma, 2017 foi um ano desafiador e, de certa forma, para a maioria, um ano também difícil.
         Para mim não foi diferente. Foi um ano em que os conflitos voltaram a surgir, não só externamente, mas, principalmente dentro de mim.
         As inquietações, as dúvidas eram diárias se realmente eu estava fazendo o que precisava ser feito. O que eu sabia de fato fazer.
         Sofri, aprendi com cada tropeço, assustei-me e me encantei com as pessoas e a capacidade que elas tem de destruir ou construir. E no fim, vi que esse poder de construção só cabe a mim.
        Terminei o ano de 2017 leve, com a clareza do que queria e do que estava deixando pra trás.
        Definitivamente, 2018 já tem sido um ano transformador.
         Os meus sonhos me guardaram para esse momento.
         O tempo teve a necessidade de realinhar-me, de fazer com que eu me perdesse, pra novamente me encontrar. Fez com que eu enxergasse outras facetas de mim e pudesse, de fato, escolher quem eu queria ser.
         Os sonhos nunca deixaram de existir. Estavam apenas adormecidos, aguardando meu renascimento.
          Renasço com minhas palavras. Com todo minha vontade de ser, muito mais do que ter.
          Sou tudo isso. O renascimento diante do caos. Não a desistência, como muitos podem interpretar, mas, sim a insistência em ser quem sou de verdade. A insistência de ser fiel aos meus desejos, meus valores, meus princípios.
          Consigo dedicar-me somente àquilo em que acredito.
          Acredito nas minhas palavras. E, muito mais, acredito no seu alcance e no quanto elas podem transformar.
          Afinal, sou transformada diariamente por tantas palavras, tantos talentos.

          Recomeço com coragem, assumindo os riscos, e sorrindo, com toda a paz do meu coração. Pois, essa foi a maior lição do ano que passou: nada vale mais do que a minha paz!


Carina Gabriele Buss
         



quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Coração armado

"Amar em paz exige um coração desarmado." Essa frase do atual escritor Antônio me fez de certa forma compreender porque manter um relacionamento amoroso nos últimos tempos tem sido tão difícil pra mim. Não coloco o difícil nesse contexto como penoso, mas como estranho, desconhecido.

Amar é uma coisa natural - a gente não escolhe quem amar, mas com quem se relacionar. Eu já tentei me relacionar com quem gostaria de amar. Depois de um ano de tentativa, ficou evidente pra mim que ficar com alguém porque aquela talvez seria a pessoa certa pra você ou porque estar sozinha nem sempre é tão legal, é uma péssima ideia.

Mas, muitas vezes, se relacionar com quem a gente ama é penoso, complicado. Principalmente se quem a gente ama não possui os mesmos valores que os seus, não possui a mesma grandeza de sentimento. É aí então que o amor-próprio fala mais alto.

A gente se entrega quando ama. Na grande maioria das vezes não se mede esforços, não se mede palavras, não se mede ciúmes - e isso não é nada bom. Poucos são os que desde sempre tiveram a sorte de um amor sensato, ou aqueles que tiveram dentro de si e do (a) companheiro(a) o mesmo ânimo em tentar, em crescer, em evoluir. Normalmente, um dos integrantes do relacionamento amoroso avança mais que o outro, ou vice-versa.

Saber identificar que a sanidade, o respeito consigo mesmo e o próprio bem-estar está acima de qualquer sentimento que tratávamos como grandioso, requer coragem, requer amadurecimento. Coragem pra se desprender do que era cômodo, habitual, amadurecimento pra encarar os fatos como eles realmente são - nem sempre doces.

Com tudo isso se adquire experiência. E a experiência nos faz ser mais seletivos. Até com as pessoas. O coração se arma - procura alguém que não desestabilize tanto nossa vida, nosso emocional. Mas, o problema é que para o coração é difícil encontrar um equilíbrio. Talvez ele também se arme pra emoções boas, muitas vezes.

Desarmá-lo é tarefa desconhecida pra mim. Ter novamente a sensação de encontro, de encantamento é coisa que não sei como se faz - mas espero que eu não perca a esperança de tê-la novamente.

Carina Gabriele Buss

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Tudo na vida tem seu propósito.

Já tentei não acreditar nisso, mas Deus e o destino (ou essa minha mania de querer filosofar tudo o que me acontece) se encarregaram de me provar que essa é uma das maiores verdades da vida. Pelo menos da minha.
As escolhas surgem em nossos caminhos a todo momento. E muitas vezes a escolha errada aparenta ser a certa. Perceber o erro, muitas vezes, é um dos momentos mais difíceis da vida.
Hoje posso dizer, com alma e o coração tranquilos, que estou aprendendo a admitir meus erros e a tentar repará-los. Mas, eles não me trazem arrependimento.
Cresci com cada pessoa que passou na minha vida, com cada momento vivido e, principalmente, com cada erro cometido.
E após tantos erros (e acertos também, né?! rs), estou conseguindo ser eu mesma. Estou voltando a ser eu mesma. Não vou dizer que sem medo, mas posso dizer que com muita coragem.
Eu não sei transmitir em palavras o quanto é gratificante e o quanto me faz feliz ver a imensidão do amor dos meus pais por mim. Me amam, me aceitam, com todos os meus defeitos. E eu descobri que eles querem meu melhor sim, mas não exigem nada de mim, como sempre imaginei.
O quão gratificante e bom é ter pessoas ao meu lado simplesmente porque nossas companhias nos fazem bem.
A vida já me pregou muitas peças, já fez doer muito aqui dentro. Mas eu descobri que grande culpa foi minha. Queria ser algo para as pessoas além do que eu era e tentava acreditar que era tudo aquilo que idealizava. Não era, nunca fui. Sou cheia de defeitos e milhares de imperfeições. Não sei controlar sentimentos, nunca soube. Por mais que exteriormente não demonstrasse, eles sempre fervilharam aqui dentro.
Hoje há verdade em tudo em mim. Nos meus olhos, nas minhas ações, nas minha palavras. Estou sendo o que eu quero e eu quero o que eu sou.
Não há felicidade maior.
E, que tudo na minha vida continue tendo esse propósito: a verdadeira paz interior e o prazer de viver cada dia.

Obrigada, Deus!