quinta-feira, 23 de abril de 2009

Sou estrangeira aonde vivo. Sempre fui. Uma parte de mim sempre se manteve distante. Ela se mantém ainda mais agora, quando pedaços de mim ficam pelo caminho.
Não sou capaz de esquecer nada que toque meu coração. Consigo viver sem, viver sorrindo. Mas volta e meia lágrimas escorrem...e como dóem!
Dóem aqui por dentro. Dóem de saudade, de vontade de ter perto, de viver de novo. Dóem quando tento encontrar em cada momento a repetição da magia.
É uma tentativa diária de sorrir, de se alegrar, de se sentir plena, de conseguir gostar por muito tempo das pessoas. Mas se sempre existiu uma parte de mim distante, imagine agora que grande parte da minha bagagem fica pra trás...
Passam a ser então, frustrações quase diárias.
Tento de verdade sentir menos, entender menos. Porém, há algo que sempre me puxa pra verdade.
Verdade, um mal necessário, que seria muito melhor se fosse descartável.

"O vento nem sempre é um bom amigo, o quarto nem sempre é um bom abrigo. Por fim esse momento não passa de um mal estar, de um querer estar em casa já estando, em um querer chegar em algum lugar da onde já se está partindo."
(Cáh Morandi)